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Os 12 primeiros meses de vida são essenciais para o bebé e para os seus pais sendo que, nesta fase, devem aproveitar o máximo de tempo juntos, fomentando brincadeiras, massagens e outras atividades benéficas para o bebé e gratificantes para os seus pais.
Para um crescimento saudável e feliz, a criança deverá desenvolver até aos 36 meses as bases emocionais que a irão “fortalecer” como ser humano.
Desta forma, torna-se indispensável que crie momentos de qualidade na relação com o seu filho. Também, a quantidade de tempo é muito importante para o seu bebé; se tiver possibilidade, opte pela profissão mãe/pai a tempo inteiro, se não, organize o seu horário de forma a dispor de tempos exclusivos para o seu filho. No entanto, nem sempre é possível para os pais ficarem com os filhos após os 6 meses. Assim, após a licença de maternidade (que pode ser partilhada com o pai do bebé), os pais têm de voltar à sua rotina laboral, ou seja, voltar ao emprego e deixar o seu novo amor na creche, na ama ou com os avós.
Após alguns meses de estreita relação, a tempo inteiro, entre a mãe/pai e o bebé, será natural sentir alguma ansiedade nesta fase de separação devendo, por isso, ser um processo de transição gradual, para que todos se sintam confortáveis com a nova situação.
A adaptação à creche deverá ser progressiva sendo que, inicialmente, o bebé deverá ir por curtos períodos de tempo acompanhado de um ou de ambos os progenitores, até permanecer de manhã e à tarde. Sempre que possível a criança não deverá permanecer na creche até muito tarde, não devendo “esticar” a hora de ir buscá-la.
Uma adaptação feita nestes moldes ajuda a criança e os pais diminuindo, assim, a ansiedade de ambos.
Se a criança tiver algum objeto de estimação (boneco, fralda de pano, etc.) que a acompanhe será útil, funcionando como objeto de transição. Estes objetos são usados pela criança como um suporte na conquista da autonomia, uma vez que são uma espécie de substituto materno e permitem à criança organizar-se mentalmente na ausência das suas figuras de referência. As crianças ao ficarem sozinhas na cama, por exemplo, na creche ou no jardim de infância, usam esses objetos para se sentirem mais confiantes.
Será imprescindível sentir confiança no sítio eleito portanto, certifique-se que opta por uma creche que corresponde à sua filosofia de vida e ao tipo de pedagogia que escolheu como sendo a melhor para o seu bebé. Dê a conhecer todas as suas dúvidas e receios para que tudo fique esclarecido antes de apresentar ao seu bebé a sua nova creche (se for este o caso). A atitude mais saudável a ter para o seu bebé será transmitir-lhe boas sensações. Por isso, deverá ter boas impressões desse local para que as transmita ao seu Filho. Mostre confiança e tente transmitir a mensagem mais importante: "A Mamã já volta; gosta muito de ti; ficarás seguro neste local, onde tens outras pessoas que também gostam de ti e irás brincar com outros bebés..."
É geralmente sabido que os bebés se adaptam com mais facilidade a tudo o que é novo, como novas situações e ambientes, e quanto mais cedo a criança entrar para a creche, mais fácil será a sua adaptação. Costumo dizer que a adaptação dos pais é mais difícil que a das crianças, ou seja, uma criança habitua-se mais facilmente à separação da figura parental do que os pais à separação dos filhos.
É essencial que haja segurança por parte dos pais, quando vão deixar os filhos na creche, mesmo que a criança chore ou implore para não ficar ali, é importante que os pais não cedam a este tipo de “chantagem” feita pelas crianças. Deverão sair da creche sem dar demasiada importância à “birra”, por muito difícil que possa ser para os pais, este comportamento é o mais adequado.
A firmeza dos pais tem um papel extremamente importante nesta hora, pois ao explicar aos filhos, com todo o carinho e amor que os vão buscar ao final do dia; apesar de gostarem muito deles têm de ir trabalhar. A criança, aos poucos, vai percebendo a rotina e saberá que ao fim do dia os pais a vão buscar; isto cria na criança segurança e estabilidade.
A creche deverá ser entendida como uma grande parceira na educação, desenvolvimento e crescimento do seu filho, como adjuvante na transmissão das bases necessárias para o seu bem estar físico, psíquico, emocional e intelectual.
Fonte:
Helena Coelho (Psicóloga Clínica)
Maria José Fernandes (Psicóloga Clínica)
http://www.janela-aberta-familia.org/pt/content/e-agora-creche